O comércio e o movimento populacional espalharam a Cultura Hallstatt para a França, República Tcheca, Eslováquia, Hungria, Península Ibérica, ilhas britânicas e Irlanda. Comerciavam com os gregos seda, âmbar, prata, ferro, marfim e vinho.
A partir do século VI da nossa era, os broches, uma das mais importantes peças da joalheria medieval, passaram a ser mais luxuosos, decorados de forma a declarar o nível social de quem o portava. O Broche Roscrea, encontrado no Condado de Tipperary, é um belo exemplo de como os joalheiros celtas adaptaram técnicas estrangeiras ao seu trabalho.
Durante o período conhecido como Cultura La Tène (450 AC – I DC), nome do sítio arqueológico encontrado ao norte do lago suíço Neuchâtel, em 1857, pelo arqueólogo amador Hansli Kopp, a maior parte da Europa estava sob a sombra da cultura celta. Os celtas deste período foram para a Espanha em 450 AC e para a Itália em 400 AC, invadiram Roma no ano 390 AC, a Grécia em 279 AC e a Turquia em 270 AC. Em torno de 200 AC, habitavam regiões da Europa que hoje são a Bretanha (França), as ilhas britânicas, a Holanda, a Bélgica, a Alemanha, a Áustria e a Suíça. A cultura La Tène aparenta ter sido mais bélica do que a anterior. Em todas as tumbas deste período espalhadas pela Europa, foram encontradas armas de ferro, como espadas e lanças, e escudos feitos de pesada madeira maciça.
O grande diferencial entre os dois períodos, Hallstatt e La Tène, é o sofisticado trabalho em metal do segundo período. Nas tumbas, as quais para os mortos de maior posição social eram feitas em madeira, foram encontrados diversos objetos funerários, moedas de prata, armas, ferramentas, itens de uso diário e jóias: fivelas para cintos, fibulae, broches, braceletes, colares e torcs. A maioria dos objetos e todas as jóias têm um estilo típico, caracterizado por formas em S, espirais e padrões circulares simetricamente aplicados a cada elemento decorativo.
Os celtas utilizavam na confecção de suas jóias, além do bronze, da prata e do ouro, contas de âmbar, jet, vidro e gemas. As técnicas decorativas eram o repoussé, a gravação no metal e a esmaltação champlevé.
No início do período medieval, também conhecido como Idade das Trevas, os celtas encontraram-se frente a frente com duas culturas mais poderosas, os romanos ao sul e as tribos germânicas, ao norte. Os celtas sobreviveram, sem interferência, ainda por muitos séculos, na Irlanda. Os romanos achavam que a ilha possuía um clima inóspito (chuvas, ventos cortantes e baixas temperaturas) e não se interessaram então em conquistá-la.
Nenhum comentário:
Postar um comentário