O esmalte foi uma das técnicas em destaque na joalheria Medieval. Usado em broches e fivelas entre outras peças.
Os anéis eclesiásticos, muito valorizados pela igreja durante este período, são usados até hoje por cardeais, bispos e pelo papa. A Burguesia utilizou-se de anéis gravados com monogramas como instrumentos de autenticação de documentos.
Os penteados tinham destaque neste período e por este motivo as jóias usadas na cabeça faziam parte da composição do vestuário. Homens e mulheres usavam vários tipos de ornamentos na cabeça. Uma opção para as mulheres era entrelaçar os cabelos com fitas bordadas com ouro e lindas gemas (tressoirs). Diademas também foram muito utilizadas.
Jan van Eyck,
Annunciation, (detalhe),
c. 1425-30.
Os cintos, usados por ambos os sexos, faziam parte dos vestuários pois estes não possuíam bolsos. Homens e mulheres os usavam para pendurar objetos usados no cotidiano.
Os broches também possuíam outra função além do adorno. Serviam para fecharem os mantos.
O vestuário também era ricamente adornado. Fios de ouros e gemas eram aplicados às bordas dos tecidos.
As gemas tiveram um papel de destaque na joalheria medieval. Em uma técnica para realçar sua cor, algumas gemas recebiam uma fina camada de metal. Também foram criadas leis restringindo o uso desta técnica em conseqüência de seu uso indiscriminado.As pérolas, rubis, safiras, esmeraldas e granadas foram as gemas mais utilizadas. Além do formato cabochão, o mais encontrado no medievo, pedras com facetas começam a surgir. É o período onde a lapidação começa a se desenvolver.Nesta atmosfera de simbolismos e religião, não era de se espantar que as cores das gemas tivessem significados e que a algumas fossem associados poderes curativos e espirituais.
A arquitetura gótica, com seu verticalismo, influenciou a joalheria de maneira gradual. A arte gótica surge em um momento de crescimento das cidades medievais. O estilo arquitetônico gótico já estava emergindo por volta de 1150, mas somente no final do século XIII é notado seu reflexo na joalheria. Surgem novas formas, mais angulares e pontiagudas que resultam em formas elegantes. A arquitetura retrata a crença na existência de um Deus que vive em um plano acima da humanidade, o que explica o verticalismo, tudo aponta para o céu. Sua maior representação esta nas catedrais.
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