sábado, 31 de maio de 2014

Dubai, a cidade do ouro

A palavra "Um souk" (em árabe سوق) corresponde ao termo utilizado para mencionar um mercado árabe, seja ele fixo (como ocorre nas maiores cidades) como semanal, nas cidades do interior.


As embarcações vindas da China, Ceilão e Índia desde sempre desembarcaram as suas mercadorias no porto de Dubai Creek e ali se estabilizaram, os souks de Dubai em ambas as margens. 


Ao longo dos tempos, as mercadorias que desembarcavam nestes mercados eram especiarias, sedas e perfumes.


Atualmente, incluem materiais electrónicos e produtos modernos, bem como tecidos e peixes.


Ainda que os souks de Dubai estejam longe de serem fascinantes como os do Marrocos ou de Oman, eles são uma grande atração de Dubai. 


Desde a antiguidade, o ouro é o metal mais precioso e mais antigo conhecido pelo homem e nenhum outro metal fascinou e inspirou tanto a arte da joalharia.


Depois da queda do Império Romano, o ouro foi pouco produzido na Europa e na Ásia durante quase mil anos. 


Dentre os vários souqs existentes, o Souk do Ouro no Dubai destaca-se e situa-se em Deira, na Sikkat al-Khali Street, perto da Baniyas Square.


A melhor maneira de ir é de táxi ou "Abra" (water taxi), que custa 1 Dirham e leva dez minutos a travessia. Este metal tão cobiçado é escandalosamente abundante no Dubai em forma de jóias. 


Dubai é considerado o maior centro comercial de ouro do Oriente Médio, Índia e região.


A cidade importa cerca de 300 toneladas de ouro por ano e tem crescido de ano para ano e também importa jóias do todo o mundo, tornando-se um centro comercial de jóias de incrível variedade de formas, design e vários quilates.


No Deira Gold Souk, a maior parte das jóias é vendida por peso e o comércio do ouro é regulamentado onde os vendedores trabalham seriamente. 


O mercado é uma atração turística em si, mas, como todo mercado árabe, negociar e pechinchar é a regra, ainda que, tratando-se de ouro, há uma "tabela" por grama de ouro.


Existe um preço básico para o peso do ouro, o qual não difere muito entre as lojas, a não ser pelo grau de pureza do ouro bem como em função do trabalho artesanal.


O Dubai é reconhecido mundialmente como um dos maiores mercados de ouro trabalhado do Mundo e, como tal, tem seu próprio mercado central de jóias de ouro, o Gold Souk (ou Soukh), que vende tudo relacionado com o metal, de lingotes de ouro puro a detalhadíssimas filigranas que se vêm em trabalhos de joalharia, tudo a preços bastante atraentes. 


O mercado de ouro é uma atracção turística da antiga Dubai.

Situado em Deira, uma espécie de centro da cidade, tem uma rua principal coberta onde lado a lado ficam outras ruelas com dezenas de lojas de todos os tamanhos.


Dubai tem alguns souqs especializados, além do Souq do Ouro, diferentes não apenas nas suas especialidades em si, nos produtos que vendem, mas também na arquitectura, todos tradicionais e autênticos. 


Além do de ouro, os de especiarias, perfumes, frutas, verduras e legumes, peixes, electrónicos, tecidos e roupas e até mesmo um souq especializado em troca de moedas do mundo todo, mas não como uma casa de câmbio, mas de notas e moedas antigas e atuais. 


A abundância de ouro e de lojas abastecidas de milhares de jóias executadas no metal, com suas reluzentes vitrinas quase inacreditáveis aos nossos olhos, faz-nos entender o motivo de Dubai ser chamada de cidade do ouro. 


Também há algumas lojas que vendem jóias de prata e pedras preciosas e semi-preciosas, platina e diamantes, mas são uma pequena minoria. 


Os Emirados são os maiores compradores de ouro do mundo e seus habitantes compram mais ouro do que qualquer outro povo.


Segundo estudos do jornal Gulf News, chega a ser 30 vezes mais do que a média de algumas regiões do mundo.


Segundo este estudo, os consumidores dos Emirados, mostra que em média os consumidores do país compram 30 gramas de ouro ao ano contra uma média mundial de menos de um grama.


O Gold Souk tem 350 lojas que expõem diariamente uma quantidade avaliada em 20 toneladas de jóias, diz o estudo, que mostra também que 72% dos consumidores são do sexo feminino.


É uma questão cultural porque tal desempenho deste género de comércio não está relacionado necessariamente com o alto poder aquisitivo, mas sim, com crenças religiosas e costumes árabes. 



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