As superlativas joias da bilionária brasileira Lily Safra costumam surpreender, tanto nos salões como nos leilões da Sotheby’s e da Christie’s. Esta camélia em diamantes brancos e rosados contornando espetacular gema amarela, bracelete de formato peculiar, está a venda na Christie’s com lance mínimo de US$ 700 mil. Notável também a rosa de rubis da mesma abonada colecionadora. Em comum a assinatura do mestre joalheiro: JAR.
Estas iniciais conjugam luxo extravagante e o espírito de seu mundo quase impenetrável de artífice singular. JAR, ou Joel Arthur Rosenthal, é um joalheiro nova iorquino que vive em Paris, na lendária Place Vendôme, à moda antiga.Não tem site, não está no facebook, não faz campanhas, não posa para fotos, não dá entrevistas.
O Metropolitan Museum em Nova York abriu seus salões para mostra retrospectiva de sua notável carreira, 35 anos de sucesso no mercado do luxo: Jewels by JAR.
As vitrines repletas de jóias notáveis, acervo do próprio mestre e de personalidades coroadas pela Fortuna, entre elas a nossa compatriota viúva Safra.
As flores preciosas de JAR são únicas. Cada pétala, pecíolo, caule, folha, é esculpida em platina separadamente, para depois ser cravejada de gemas em vários tons, para imitar a variedade e o frescor das flores que brotam na natureza. Algumas pedras ficam apenas parcialmente visíveis, depois de incrustadas unidas no todo. Caso dos diamantes eclipsados pelas pérolas num par de brincos único.
A mostra em NY homenageia um homem talentoso que ficou famoso quase sem querer. Para os menos abonados, interessados no legado, o Met colocará a venda o catálogo de sua obra, edição monumental da Librarie Galignani de Paris do livreiro com quem JAR aparece a direita na foto.
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Talismãs sagrados: designer do PR, sucesso em Paris
Cristais, quartzos extraídos das profundezas da terra em formatos naturais, madeira fossilizada, chifres e ossadas animais, aços oxidados, e um olhar sensível a tudo que é selvagem, constroem joias pelas mãos criativas do designer brasileiro Danilo Ferreira.
Paranaense de Fênix, vale do grande rio Ivaí, lendário sítio arqueológico de Vila Rica del Espiritu Santu, povoação espanhola do período colonial, Danilo parece trazer de seu berço as memórias dos antigos garimpeiros, guaranis e jesuítas, para sua griffe Sagrado, agora sucesso em Paris.
As matérias primas pouco prováveis, a elegância rústica dos sertões do Paraná, fascinam elegantes consumidoras de joias cruas e naturais. Na semana de exposição, Danilo expõe suas peças exclusivas, originais e ousadas na Galerie Molière, no número 40 de rue de Richilieu, próxima às arcadas do palácio onde viveu o cardeal, chanceler da França, rival dos Três Mosqueteiros.
O menino de Fênix, sertão do rio Ivaí, ingressa em novas lendas.
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Réplicas das joias de Evita
O designer de joias Marcelo Toledo organizou mostra Evita, mulher e mito, com réplicas de suas joias e vestidos. A exposição abre este mês em BH e deve percorrer o Brasil. Será quem virá o colar Van Cleef & Arpels com 5 voltas de diamantes (foto que abre o post), que Evita comprou em Nova York em 1949, sem dúvida sua prenda mais espetacular. Ou o diadema que lhe foi presenteado em 1950 pelo rei da Holanda?
A lendária primeira dama da Argentina, Evita Peron, era famosa pela força política, beleza, elegância e luxo. Vestia Dior preferencialmente, usava parrures Van Cleef & Arpels, Boucheron, Cartier. Adorada pelos pobres descamisados, odiada pela elite portenha.
María Eva Duarte de Perón, nasceu em 1919, em Los Toldos, aldeia do pampa. Foi para Buenos Aires fazer carreira de atriz e cantora. Em 1945 casou-se com o general Juan Domingo Perón e logo se tornou primeira-dama da Argentina, com sua eleição a presidente. Teve vida breve. Morreu aos 33 anos, de um câncer fulminante, comovendo a nação argentina, no dia 26 de julho de 1952. Está sepultada no cemitério de La Recoleta, em Buenos Aires.
Suas supostas joias – ou joias que dizem terem sido suas – são tema de noticiário sensacionalista, na Argentina e no exterior.
Em 2009 uma tiara e uma parrure de diamantes foram roubadas de uma joalheria de Valência, na Espanha. Capturadas pela polícia italiana, em 2011, num hotel de Milão.
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A Índia mostra suas joias em Mumbai
Agosto é o mês do tradicional Índia International Jewllery Show, talvez a maior mostra de ourivesaria e joalheria do mundo. No centro de exposições de Mumbai, a antiga Bombaim, a terra dos marajás revela toda a criatividade de seus mestres ourives e lapidadores.
Há 30 anos o evento repete-se, todo mês de agosto, com centenas de expositores, no fabuloso parque de exposições de Goregaon. No ano de 2012 exibiram-se 860 joalheiros para clientes de 85 países.
O clima de exotismo e refinada beleza, parte do espírito da Índia, está em todas as apresentações. Ali brilharam as estrelas de Bollywood e os rostos arianos e dravídicos das mulheres indianas.
Cinco pavilhões são dedicados ao Ouro e seus artífices.Dois pavilhões são para joias em prata.Há o pavilhão dos Diamantes perdidos, o pavilhão das Pedras Preciosas, com setores específicos com joias em rubis, safiras, opalinas, esmeraldas, tanzanitas,águas-marinhas, pérolas naturais, barrocas e cultivadas.
Ainda uma mostra de joalheria antiga e tradicional, e outra de equipamentos para fazer joias. Os stands somados perfazem 46 mil metros quadrados de área.
O gosto extravagante dos marajás e suas famílias estimulou o mercado. Mumbai, Delhi, Calcutá, Mysore, Bangalore, Hyderabad, Amristar, Benares, tem em seus bazares imensos empórios de venda de ouro e pedras preciosas.
A joalheria prosperou na antiguidade com o costume oriental de colocar sobre o corpo das mulheres a sua poupança para toda vida – a tradição védica diz que a viúva só pode levar da casa do marido aquilo que puder carregar. Por isso, as mulheres, até das castas mais humildes, cobertas de adereços e joias.
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Joias esplêndidas
Ainda que seja apenas virtual, o encantamento das joias sempre fascina os mortais. É o caso dos brincos de esmeraldas contornadas de diamantes, presente de Richard Burton à sua amada Elisabeth Taylor, criados por Bulgari em 1960, recentemente leiloados pelo espólio da saudosa atriz em benefício das vítimas de Aids.
Os brincos ficaram famosos quando a atriz (foto) – no esplendor de sua beleza – os estreou em Paris, na avant-premiere do filme Lawrence da Arábia, em 1962. Tornariam a estampar páginas de revistas quando Liz Taylor cumprimentou a Rainha Elizabeth na Casa Branca, no baile em sua honra, oferecido em 1976.
Menos famosa, mas não menos bonita, é esta borboleta criada por Lawrence Stoller, em ouro 18 quilates, o corpo é opala do Oregon, as asas cravejadas de ametistas, topázios e rubis. Pode ser usada como broche ou como pendant. Avaliada em 56 mil dólares.
Anel Flamejante, da designer italiana Francesca Gabrielli. O Anel de Osso de Dinossauroemoldurado em ouro, criação da Different Seasons, EUA. O tríplice anel Pomellato’s Nudo, em ouro rosado com ametista, madeira, quartzo e um topázio azul. O anel Antique Leaf – Folha Antiga – com um diamante negro entre pequenos brilhantes, criado por Lisa Krikawa.
Também belíssimos, o par de brincos de claríssimas aguamarinhas e diamantes de Margherita Burgener, o pendantif de Tanzanita 24 quilates, emoldurado em prata e esmalte criado pelos designers Mark Anderson e Jessa Goodrich Dow, o par de brincos de coral de Cathy Carmendy.
Novidade em NY, Londres e Paris, nas vitrines Tiffany’s, réplicas do diadema de diamantes usado pela estrela do filme Gatsby, relançado no festival de Cannes em versão com Leonardo Di Caprio. Preço não revelado.
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Cannes: roubo de um milhão de euros em joias
Quase sempre a realidade da vida supera a arte. Não se fala noutra coisa em Cannes senão no roubo de joias Chopard avaliadas em mais de um milhão de euros do cofre do Novohotel da cidade do cinema francês. O tesouro fora emprestado pela famosa joalheria suíça à uma atriz que desfilou a parrure no tapete vermelho da noite de abertura do festival. O funcionário encarregado de custodiá-las é o principal suspeito.
Não é a primeira vez que isto acontece. Ano passado, a atriz e produtora argentina Martina Gusmán, então membro do júri de Cannes, foi vítima de roubo no cofre da suíte do luxuoso hotel em que esteve hospedada.
Chopard, patrocinadora do festival de cinema mundial de Cannes, é uma das firmas que mais utilizam o colo e as orelhas das grandes estrelas para sua publicidade. A joalheria, presente nas grandes cidades do mundo, fundada por Louis Ulusse Chopard em 1860, fabrica a Palma de Ouro de Cannes, o famoso troféu de melhor filme do festival este ano em 66ª edição.
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Tiffany’s Blu Ball, tudo azul em NY
A foto mais significativa da sofisticação da festa revela animada conversa entre Kate Hudson, Sarah Jessica Parker e Giniweth Paltrow diante de um cooler com garrafas de champagne magnum…
The show must go on! – o show precisa continuar, dizem os norte americanos. NY viveu mais um Tiffany’s Blue Ball, no Rockfeller Center, mesmo em tempo de medo e apreensão pelos atentados terroristas em Boston e pelo inexplicado incêndio da fábrica de fertilizantes no Texas.
O baile azul da famosa joalheria ficou esvaziado. Nem todos os convidados compareceram. Temorosos do aterrorizante e sinistro noticiário. Mesmo assim, belas fotos da ambientação, num pavilhão instalado sobre a pista de patinação do Rockfeller Center na Quinta Avenida.
Ali, a elegância de Carey Mulligan a estrela do filme Gatsby – onde contracena com Leonardo di Caprio Leia Mais – em smoking decotado de Victoria Beckham. Kate Hudson luziu diamantes Tiffany’s vestindo longo em chiffom azul claro da estilista libanesa Reem Acra. A atriz chinesa Carina Lau foi com um grupo de elegantes compatriotas, ostentando no braço direito um bracelete Tiffany’s de diamantes.
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Memória arqueológica
A designer Silvia Furmanovich apresentou em SP suas novas joias, onde o cobre aparece misturado com materiais nobres como o ouro o brilhante e outras pedras preciosas. A inspiração vem das águas do oceano e dos antigos tesouros arqueológicos encontrados em suas profundezas. Fotos de Gustavo Zylberstejn colocadas na rede por César Giobbi.
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Cartier brilha no Museu Thyssen
Até fevereiro, em Madri, o Museu Thyssen Bornemisza, exibe fabulosa exposição de jóias Cartier, criadas pela famosa casa francesa de ourivesaria criada em Paris, em 1847, pelo mestre Louis François Cartier, a partir do seu atelier de ourives na rue Montorgueil.
A casa começou a ter fama quando fez o diadema da princesa Mathilde, sobrinha de Napoleão I e prima do então imperador Napoleão III, em 1856. Dali até o fabuloso colar de amestistas e turquesas criado para a Duquesa de Windsor seria um criativo percurso.
Em 1859 o joalheiro abriu sua Maison no nº9 do Boulevard des Italiens, onde fez fama, já tendo como principal cliente a então imperatriz da França, Eugênia de Montijo, mulher de Napoleão III. Em 1889 criaram o primeiro relógio pulseira para senhoras. Com Santos Dumont, em 1904, a casa criou o relógio de pulso masculino.
Na primeira década do século 20, Cartier lançou os diademas de diamantes em platina, tornando-se fornecedora da casa real inglesa, com o rei Eduardo VII e da casa real espanhola com o rei Alfonso XIII, do rei Carlos I de Portugal, e dos Tzares da Rússia, e até do exótico rei Paramindir, de Sião – o antigo nome da Tailândia. O diadema Bandeau – da foto – pode tanto luzir uma fronte real como ser transformado em dois colares.
A exposição aberta esta semana em Madri, revela a surpreendente produção e gloriosa trajetória de objetos que conciliam o luxo com a glória efêmera.Acima o colar de crocodilos, da atriz Maria Felix, com 1023 diamantes e 1062 esmeraldas. E colar serpente, em diamantes, criado em 1919.
Entre os tesouros expostos no Museu Thyssen Bornemisza,o surpreendente colar Tutti Frutti, de Nick Welsh, glória Cartier apresentada na coleção de 1937, com profusão de safiras, ametistas, turmalinas, esmeraldas, lápis lazuli e esmaltes.
Arremata a exposição um devant de corsage em forma de ramos de açucenas.
E espetacular diadema da condessa de Essex, em prata, ouro e diamantes, criação recente.
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