segunda-feira, 14 de abril de 2014

O coração do oceano- o colar do filme"Titanic"


O Coração do Oceano, The Heart of the Ocean, Le Coeur de La Mer, é o nome do mundialmente famoso colar oferecido à personagem Rose DeWitt Bukater - Kate Winslet - no grande sucesso Titanic; é seguro dizer que hoje esta magnífica peça da joalheria é uma das mais famosas jóias do cinema mundial. O Diamante "Coração do Oceano", diamante histórico, como é citado no filme, jamais existiu. O famoso diamante usado por Rose na cena onde é desenhada nua pelo parceiro Jack é um diamante fictício, foi uma criação exclusiva para Titanic de 1997, inserida no roteiro como chave central responsável pelo início da trama, existe apenas no enredo do filme. A jóia foi feita pelos joalheiros Asprey e Garrard, de Londres, através de uma zircônia cúbica azul afixada a uma armação de ouro branco, cujo valor era de US$ 10.000 e encontra-se hoje no acervo da FOX. Para a Cerimônia do Oscar foi encomendada também à Asprey e Garrard, uma cópia do colar; a qual foi usada por Celine Dion. Na noite de gala do Oscar de 23 de Março de 1998, ela cantou "My Heart Will Go On" usando a jóia, que foi avaliada em 3,5 milhões, num dos momentos mais quentes da execução da música, Celine Dion faz um gesto brusco, enrosca a mão no colar e o faz saltar no pescoço. Esta peça foi feita com uma safira do Ceilão engastada em platina e rodeada por 65 diamantes reais. A jóia não aparece no filme, foi usada apenas na noite do Oscar. Mais tarde, foi vendida num leilão de beneficência para o "Diana, Princess of Wales Memorial Fund e Southern California's Aid For AIDS" por $ 2,2 milhões. Hoje a jóia pertence à filha de um rico cliente da marca Asprey.  Ao mesmo tempo, o joalheiro Harry Winston usou um diamante de 15 quilates ( 3,0 g.) para produzir sua interpretação do colar "Coração do Oceano". Este colar, que é uma adaptação livre, avaliado em 20 milhões de dólares, fora então usado por Gloria Stuart também na noite que premiou o filme Titanic com 11 estatuetas do Oscar.


A Companhia J. Peterman, em 1997, quando o filme foi lançado, fabricou reproduções do Coração do Oceano. Esta versão consiste em 137 cristais autríacos que rodeiam uma imitação de diamante azul. A peça é embalada em uma caixa azul-marinho articulada e acompanha um certificado de autenticidade validado pela Twenty Century FOX.

Recentemente um joalheiro americano disponibilizou reproduções do Coração do Oceano de ótima qualidade, feitas artesanalmente com cristais swarovski. Haviam duas opções: uma em tamanho real ( mais cara ) e uma em tamanho ligeiramente reduzida ( mais barata ). O valor de venda girava entre US$ 1500 - 2500 dólares e os exemplares "evaporaram-se" rapidamente. Até hoje são as reproduções mais belas e tecnicamente perfeitas.
Mas, para quem não pode gastar uma grande quantia, ainda há no mercado, bonitas reproduções do Coração do Oceano muito populares, facilmente encontradas e vendidas a baixo preço.
Apesar de fictícia, a jóia fora baseada no diamante Hope que é um real diamante azul de altíssimo valor - avaliado entre $ 200 e 250 milhões - cuja história ultrapassa 300 anos e carrega uma lenda de maldições que diz que esta jóia trouxe muito azar aos vários proprietários ao longo dos anos.
O primeiro registo histórico do diamante Hope surge por volta de 1660, quando o mercador francês Jean-Baptiste Tavernier o adquiriu durante as suas viagens na Índia. A pedra tinha então cerca de 112 quilates e estava lapidada em forma de triângulo. O diamante é originário da mina de Kollur e, de acordo com a lenda, foi roubado de um templo hindu dedicado à deusa Sita, onde estava encastrado numa estátua, representando um dos olhos da divindade. Em 1668, Tavernier vendeu o diamante ao rei Luís XIV de França. A pedra foi entregue ao joalheiro da corte, Sieur Pitau, que a cortou e lapidou de acordo com o gosto da corte francesa.
O diamante passou a pesar cerca de 67 quilates e ficou conhecido como o Diamante Azul da Coroa. Luís XIV costumava usá-lo ao pescoço em ocasiões solenes, suspenso numa fita e encastrado em ouro. O seu bisneto, Luís XV, readaptou a pedra para fazer parte do seu pendente da Ordem do Tosão de Ouro. Mais tarde, Luís XVI ofereceu a pedra a Maria Antonieta, por ocasião do seu casamento. Durante a Revolução Francesa, já com o rei e a rainha na prisão, as jóias da coroa desapareceram num roubo efetuado a 11 de Setembro de 1792. O diamante azul desapareceu também, e o seu paradeiro é incerto nos anos seguintes. Em 1812, o diamante reaparece na posse de Daniel Eliason, um mercador de jóias londrino. A identidade da pedra foi disputada até se confirmar, em 2005, que era de facto o diamante azul francês, desaparecido durante a revolução. Apesar de se supôr habitualmente que a pedra foi adquirida pelo rei Jorge IV do Reino Unido, não há registros da compra nos arquivos da contabilidade real. O dono seguinte do diamante foi Henry Philip Hope, que o adquiriu em 1824 para a sua coleção de pedras preciosas. A partir desta data, a pedra passa a ser conhecida como diamante Hope.

O diamante foi adaptado como um pregador, usado pela cunhada de Hope em ocasiões sociais. Após a morte de Henry Philip em 1839, os seus sobrinhos lutaram pela herança em tribunal durante dez anos, até a coleção de gemas ser por fim concedida a Henry Hope. O diamante passava a maior parte do tempo guardado num cofre, mas foi exibido na Great Exhibition de Londres (1851) e na Exposição Universal de Paris (1855). O diamante Hope permaneceu na posse da família até 1901, quando foi vendido a um joalheiro londrino por 29,000 libras, para pagar as dívidas de Francis Hope. Após várias mudanças de dono e cortes, que incluíram Pierre Cartier e a socialite Evalyn MacLean (que por vezes o pregava à coleira dos seus cães), o diamante Hope foi adquirido por Harry Winston em 1949, por uma soma desconhecida. Winston incluiu o diamante numa coleção de outras pedras preciosas famosas que exibia para fins de caridade. Em 1958, Harry Winston doou o diamante ao Instituto Smithsonian onde permanece até hoje exposto. A lenda da maldição do diamante Hope nasceu no início do século XX e foi criada por May Yohe, uma atriz dos Estados Unidos que fora casada com Lorde Francis Hope e que fugira para a Austrália com o amante. A vida não lhe correu bem e, de regresso aos Estados Unidos, procurou vender a história da maldição a produtores de cinema de Hollywood. A história do diamante transformou-se num filme, que incluía diversas liberdades criativas como a atribuição da morte de Marat à maldição e, possivelmente, à origem da lenda do roubo do templo Hindu. Desde então, diversos infortúnios têm sido atribuídos ao diamante, como o destino de Luís XVI e Maria Antonieta (que acabaram guilhotinados na Revolução Francesa), a suposta morte de Tavernier devorado por lobos (que de facto morreu de causas naturais), a loucura de Jorge IV ou a morte de Catarina, a Grande (que nunca possuíram o diamante).

Veja o filme abaixo:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=qagvme0M7TE

domingo, 13 de abril de 2014

A maior pérola luminosa do mundo

Yemengzhu perola brilhanteDurante séculos, os chineses cultuaram pequenas esferas que segundo acreditavam, garantiam boa sorte a todos que nela tocassem. Não preciso nem dizer o quanto essas esferas, chamadas de pérolas luminosas eram raras para que tal lenda se espalhasse. De fato, os chineses que chegaram a ver esses impressionantes objetos diziam que elas brilhavam na escuridão completa, como que dotados de um misterioso poder místico. Devido a sua raridade, eram presentes dados unicamente aos imperadores da China.
Como muitas outras alegações de que tocar certos objetos esdrúxulos conduziriam a pessoa a uma vida inteira de riquezas e felicidades, as pérolas luminosas sempre foram consideradas lendas pelos ocidentais, e isso só foi realmente mudar de figura quando em 1982 uma mina de tungstênio revelou uma jazida gigante do misterioso mineral, que para todos os efeitos parece muito com a Kriptonita dos filmes. Trata-se de uma maravilha do mundo mineral.
pearl9 A lendária pérola luminosa da China   CuriosidadesVeja o incrível brilho emitido pela pedra
A rocha tem coloração esverdeada e seu material é baseado em fluorita, que sem a ajuda de luz ultravioleta, pode brilhar no escuro.largest pearl2 A lendária pérola luminosa da China   Curiosidades

Mas como pode uma pedra brilhar no escuro?

Isso acontece porque as pérolas luminosas são formadas de um material chamado clorofano (clorophane), uma variante da fluorita (CaF2) que tem incorporada a ela uma certa quantidade de elementos de terras raras capazes de produzir fosforescência na pedra.
São estes elementos que agem como ativadores e desativadores do misterioso brilho das pedras. Graças a ação desses elementos, a fluorita pode armazenar a energia natural do sol e liberá-la aos poucos, de forma que a pedra emite luz realmente em baixas condições de luminosidade. Hoje em dia, graças ao conhecimento da química, da física e dos materiais compostos, fabricamos até luz líquida, mas imagine só a estupefação que uma pedra que gerava luz podia produzir na mente de um homem primitivo.
Nem todas as fluoritas atuam armazenando a luz do sol e liberando aos poucos, algumas requerem uma determinada altura de onda de luz ultravioleta para brilhar.
A maior pedra deste mineral, chamado Yemengzhu pelos orientais possuía nada menos que seis toneladas. Quando foi descoberta, sua forma era irregular, por isso foram necessários três anos de contínua lapidação para obter a forma esférica que vemos nas fotos abaixo. Levou tanto tempo, porque devido a sua cristalização, esta pedra é excepcionalmente dura, tão dura que chega a ser comparada ao diamante.
A maior pérola luminosa do mundo foi finalmente colocada em exibição na China, na cidade de Wenchang, na província de Hainan no ano passado, atraindo milhares de pessoas que vinham das mais distantes regiões em busca de tocar no misterioso mineral.
Seu valor foi estimado em 2,2 bilhões de yuan (cerca de $331 milhões de dólares).

sábado, 12 de abril de 2014

Saiba o que é o Ródio?


Pix.gifRódioStylised Lithium Atom.svg
Rutênio ← Ródio → Paládio
Co
Cubic-face-centered.svg

45
Rh
Rh
Ir
Tabela completa • Tabela estendida
Aparência
branco prateado metálico


O Ródio em três diferentes formas: 1g em pó, 1g em cilindro, 1g soldado refundido.
Informações gerais
NomesímbolonúmeroRódio, Rh, 45
Série químicaMetal de transição
Grupoperíodobloco9B, 5, d
Densidadedureza12450 kg/m3, 6,0
Número CAS7440-16-6
Propriedade atómicas
Massa atômica102,90550 u
Raio atómico (calculado)134 pm
Raio covalente142±7 pm
Configuração electrónica[Kr] 5s1 4d8
Elétrons (por nível de energia)2, 8, 18, 16, 1 (ver imagem)
Estado(s) de oxidação6, 5, 4, 3, 2, 1, -1 (óxido anfótero)
Estrutura cristalinacúbico de faces centradas
Propriedades físicas
Estado da matériasólido
Ponto de fusão2237 K
Ponto de ebulição3968 K
Entalpia de fusão21,5 kJ/mol
Entalpia de vaporização493 kJ/mol
Pressão de vaporPa a 2288 K
Velocidade do som4700 m/s a 20 °C
Diversos
Eletronegatividade (Pauling)2,28
Calor específico242 J/(kg·K)
Condutividade térmica150 W/(m·K)
1º Potencial de ionização719,7 kJ/mol
2º Potencial de ionização1740 kJ/mol
3º Potencial de ionização2997 kJ/mol
Isótopos mais estáveis
isoANMeia-vidaMDEdPD
MeV
99Rhsintético16,1 dε
γ

-
0,089
0,353
0,528
99Ru
-

101mRhsintético4,34 dε
IT
γ
-

0,157
0,306
0,545
101Ru
101Rh
-
101Rhsintético3,3 aε
γ

-
0,127
0,198
0,325
101Ru
-
102mRhsintético2,9 aε
γ


-
0,475
0,631
0,697
1,046
102Ru
-

102Rhsintético207 dε
β+

β
γ
-
0,826
1,301
1,151
0,475
0,628
102Ru
102Ru

102Pd
-
103Rh100%estável com 58 neutrões
105Rhsintético35,36 hβ

γ
0,247
0,260
0,566
0,306
0,318
105Pd


-
Unidades do SI & CNTP, salvo indicação contrária.
O ródio é um elemento
químico de símbolo Rh de número atômico 45 (45 prótons e 45 elétrons) e de massa atómica igual a massa atómica igual a 102,9 u. À temperatura ambiente, o ródio encontra-se no estado sólido.

Está situado no grupo 9 ( 8 B ) da Classificação Periódica dos Elementos. É um metal de transição, pouco abundante, do grupo da platina. É encontrado normalmente em minas de platina e é empregado como catalisador e em ligas de alta resistência com a platina. Foi descoberto em 1803 por William Hyde Wollaston.

Características principais

O ródio é um metal dúctil de coloração branco prateado, sendo um ótimo refletor de luz. Não é atacado pelos ácidos , porém dissolve-se em água regia ou ácido sulfúrico ( H2SO4 ) concentrado e aquecido quando finalmente dividido. O ródio apresenta um ponto de fusão maior que a platina e uma densidade menor.

Seus estados de oxidação mais comuns são +2, +3, 0 e -1.

Aplicações

A principal aplicação deste elemento é como agente ligante para endurecer platina e paládio. Estas ligas são usadas em bobinas de fornos, buchas para a fabricação da fibra de vidro, componentes de termopares para elevadas temperaturas, eletrodos de ignição ( velas ) para aeronaves , e cadinhos para laboratório.

Outros usos:

Como material de contato elétrico ( conectores ) devido a sua baixa resistência elétrica e elevada resistência a corrosão.
Revestimentos de ródio metálico , obtidas por eletrodeposição ou evaporação, devido a elevada dureza e reflexão óptica são utilizados para a produção de instrumentos ópticos.
Este metal encontra uso para a produção de jóias e objetos de decoração.
Também é utilizado em numerosos processos industriais como catalisador, como catalisador automotivo (conversor catalítico), e na carbonilação do metanol para a formação do ácido acético.

História

Ródio (do grego rhodon que significa "rosa") foi descoberto em 1803 por William Hyde Wollaston logo após a descoberta do paládio. Wollaston verificou a existência do elemento ródio, na Inglaterra, num minério não refinado de platina provavelmente proveniente da América do Sul.

O procedimento adotado por Wollaston foi dissolver o minério em água régia, neutralizando o ácido com hidróxido de sódio ( NaOH ). Precipitou a platina adicionando cloreto de amônio , NH4Cl, como cloroplatinato de amônio. O elemento paládio foi removido como cianeto de paládio após tratar a solução com cianeto de mercúrio. O material remanescente foi uma substância vermelha com cloreto de ródio, do qual isolou o ródio por redução com hidrogênio gasoso.

Ocorrência

A extração industrial do ródio é complexa porque nos minérios é encontrado misturado com outros metais, tais como paládio, prata, platina e ouro. É encontrado em minérios de platina, e é obtido livre como metal inerte e branco de difícil fusão. As principais fontes deste elemento estão situadas nas areias dos rios dos montes Urais, na América do Norte e do Sul e também nas minas de cobre - sulfeto de níquel na região de Sudbury ( Ontário ). Apesar da quantidade em Sudbary seja muito pequena, a grande quantidade de níquel extraída torna rentável a obtenção do ródio como subproduto. Devido as pequenas quantidades de minérios de ródio a produção mundial é de apenas 7 a 8 toneladas anuais.

É também possível extrair o ródio de combustível nuclear queimado, que contem alguns por centos deste metal. Os radioisótopos obtidos apresentam períodos de meia-vida de até 45 dias. Portanto, a venda do material com esta origem deve ser cuidadosa somente após verificação da não ocorrência de contaminações radioativas.

Isótopos

O ródio apresenta um único isótopo natural: Rh-103. Os radioisótopos mais estáveis são Rh-101 com meia-vida de 3,3 anos, Rh-102 com uma meia-vida de 207 dias, e o Rh-99 com uma meia-vida de 16,1 dias. Outros vinte radioisótopos foram caracterizados com massas atômicas que variam de 92,926 uma ( Rh-93 ) até 116,925 uma ( Rh-117 ). A maioria destes apresentam períodos de meia-vida com menos de uma hora, exceto Rh-100 ( 20,8 horas ) e Rh-105 ( 35,36 horas ). Há também numerosos metaestáveis, sendo os mais estáveis o Rhm-102 ( 0.141 MeV ) com uma meia-vida de aproximadamente 2,9 anos e o Rhm-101 ( 0.157 MeV ) com uma meia-vida de 4,34 dias.

O principal modo de decaimento daqueles que apresentam massas abaixo do isótopo natural estável , Rh-103, é a captura eletrônica , e aqueles com massas maiores é a emissão beta. O principal produto do decaimento antes do Rh-103 é o rutênio e depois deste o paládio.

Ródio em joalharia

O banho de ródio fornece uma camada de proteção à prata e jóias de ouro branco. Tal revestimento serve para ajudar a prevenir o aparecimento de manchas e arranhões nas jóias. Um revestimento de ródio, no entanto, não é insensível aos efeitos do desgaste diário e ao materiais abrasivos. Para limitar o desgaste, deve-se evitar o uso das jóias com banho de ródio quando se faz actividades de limpeza doméstica, jardinagem e outras atividades que pode destruir rapidamente o ródio. Quando gasta a camada de ródio o metal original fica exposto e assim, no caso do discifalinimio e um grande condutor de akh/r e nao usa muitos carvões por isso a razão de gerar diamantes, aparece a sua tonalidade ligeiramente amarela por baixo.